Em primeiro lugar, é importante mencionar que não há unanimidade quanto à origem do topónimo “Freiria”.
De acordo com uma lenda, algumas freiras viviam nesta povoação. Um dia, uma delas desapareceu e as suas companheiras começaram a procurá-la por toda a parte. Perguntaram a alguém que trabalhava no campo e receberam como resposta que a freira ia para “algures”. Daí surgiu o nome “Freiria”.
Embora atualmente se escreva Freiria, os registos antigos indicam “Freiria dos Chapéus”. Esta denominação deriva da existência de uma fábrica de chapéus que teria funcionado no lugar d’Além, segundo a tradição oral. No entanto, não há vestígios dessa fábrica nem certeza sobre a veracidade dessa versão.
A data histórica mais antiga conhecida de Freiria é 16-03-1279, quando Dona Beatriz, viúva do Rei Dom Afonso III, criou quatro dizimarias: S. Pedro de Torres Vedras; Sobral da Abelheira; Freiria; e uma quarta constituída por Carmões, Carvoeira e Dois Portos.
Em 1321, Freiria já existia como Paróquia filial de São Pedro e Santiago de Torres Vedras, à qual pagava o dízimo. Provavelmente, foi desanexada dessa paróquia no século XVI.
Administrativamente, Freiria pertenceu ao concelho da Azueira desde 1423 até 24 de outubro de 1855, data da extinção deste concelho. A freguesia passou então a pertencer a Torres Vedras. Em 26 de setembro de 1895, a freguesia foi anexada ao concelho de Mafra, até 13 de janeiro de 1898, quando voltou definitivamente a Torres Vedras.
Situada no extremo sul-sudoeste do concelho de Torres Vedras, no limite com o concelho de Mafra, Freiria encontra-se perto da margem esquerda de uma pequena ribeira, afluente da ribeira de Pedruinhos. A freguesia está a 12 quilómetros da cidade de Torres Vedras e a 56 de Lisboa.
A freguesia de Freiria tem uma população de cerca de 2500 habitantes e é composta pelos lugares de Freiria, Concelhos, Poços, Chãos, Sarreira, Castelhana, Casais de Arruda, Sendieira, Mouxaria, Paúl, Colaria, Asseiceira e diversos Casais.
Freiria é uma freguesia com uma economia predominantemente agrícola, onde a vinha predomina, havendo também cultivos frutícolas, hortícolas e de cereais. Os setores secundário e terciário têm vindo a crescer na economia local, com pequenas oficinas do ramo automóvel, serralharia civil e transformação de mármores. Existem também pequenas empresas familiares do ramo da construção civil, além de diversas empresas de camionagem.